Metáforas para chuva

A chuva foi annuncio de nova:

Os Soes, que neste tempo são ardentissimos, seccão as madeiras de tal sorte, que quando as chuvas avisão aos habitantes da sua chegada pelos grandes trovões, que costumão haver muitos dias antes, lhes lanção fogo, que reduz tudo a cinzas, deixando a superficie da terra limpa, para se fazer a plantação, sem maior incómmodo, ficando a terra estrumada, e fertil pelo alkali vegetal.

O beirão, habitante da encosta occidental onde o ar é mais humido do que em Traz-os-Montes (65 a 100%), as chuvas mais abundantes (700 a 1:200 millim.) e a temperatura identica: onde o castanheiro colossal, o cedro, o carvalho e o pinheiro bravo

E elle, indiferente, como indiferente era aos soes asperos, ás ventanias e ás chuvas, continuava a orar.

Em Portugal, onde a chuva torrencial é um facto de quasi todos os invernos, onde a falta de agua potavel é um facto de quasi todos os verões, ainda ninguem aprendeu a construir a fonte de Palissy!

As chuvas são nuvens grossas que se evaporam dos rios e do mar, as quaes são elevadas pelos ventos a uma distancia immensa, derramando sobre nossos campos a felicidade e a abundancia, quando os regam e alimentam as fontes.

A chuva de abril secára: os telhados remotos da cidade negrejavam sôbre um poente de carmesim e oiro.

Metáforas para  chuva