Corte de Lisboa para este Emporio do Oriente, vencidas as grandes difficuldades, que experimentou em Madrid, impedindolhe o fervoroso desejo de passar à India, o grande credito, [q'] as suas singulares virtudes tinhaõ grangeado em toda Espanha, & continuou na mesma estimaçaõ neste Oriente pelo indefesso zelo, com que sempre procurou a salvaçaõ das almas.

A formosa Ardighelli, e Agnezzi entrarão Outra Laura maior, q' essa, que outr'ora Do vate, todo amor, deo força á Lyra, Nos penetraes da Natureza entrando,

Do grande Passionei a excelsa imagem; Issocrates te cede, inda que venha Do grão pezo dos seculos seguido; Não tem que oppôr-te, ou q' igualar-te o Sena, E menos tem q' equiparar-te o Mundo Encanto omniscio, universal

Do grande Passionei a excelsa imagem; Issocrates te cede, inda que venha Do grão pezo dos seculos seguido; Não tem que oppôr-te, ou q' igualar-te o Sena, E menos tem q' equiparar-te o Mundo Encanto omniscio, universal

Roberti: Não me cega a paixão, q' ao Tibre eu guardo, Nem o clarão de Italica sciencia

Ah! permittira o Ceo, q' o preço humano Á morte não pagára alma tão grande!

E o suave vapor, q' a Aurora exhala,

Se he mais q' a Poezia, he mais que humano

Na longa veste, e diamantina tarja, Em q' esta li gravada, aurea sentença: "

Do seio lhe rompia etherea chamma, Q' ante o Nume brilhando aos Ceos subia Inextinguivel lampada, que os annos Vão augmentando progressivamente.

As vestes q' ella traja, e que formadas Forão por ella mesma, obra pasmosa, Que do candido pé, ao collo eburneo Forma diversos gráos: hum véo sombrio (Por mão proterva lacerado em parte)

ó Deosa, e q' orgulhosos Amadores te cercão!

Que ignorantes Do acatamento q' a teu lume immenso, Deveo sempre guardar o engenho humano!

Mais quizera dizer eis q' o grão Nume, Fitos em cuja frente eu tinha os olhos, Soltou dos labios divinal surriso, E, doce voz alevantando, exclama: "Podem, meu filho, eternizar no Mundo

O mesquinho mortal meus dons sublimes, E as idéas altissimas, e claras, Q' eu co' mão destra na sua alma imprimo; Comigo, e o sentes tu, do pezo humano Se livra, se desfaz o entendimento;

Q' inda que erguido o vêz, não he distante

He relevada em solida Esmeralda, Parece q' inda volve, e q' inda espalha Filosofica vista em torno aos astros, Que respirando está Filosofia.

He relevada em solida Esmeralda, Parece q' inda volve, e q' inda espalha Filosofica vista em torno aos astros, Que respirando está Filosofia.

hum bem q' valha

Lei q' a hum centro commum chama os Planetas; E a lei com que do centro os astros fogem.

No momento em q' á voz do Eterno o Mundo

Germania hum Sabio Produz, q' aos Ceos se lance, os astros peze, E ouse fallar de perto á Natureza; Kepler as leis universaes sentia,

Quando com elle hum Hercules comparo, Q' Olbers descobre, que a carreira immensa,

Na esquerda, e negra mão fulgura a tócha, E se me antolha já q' hum vasto incendio Das Artes o deposito consume:

q) Pretendia-se com as instrucções nauticas, referidas na alinea anterior, evitar não só as calmas e trovoadas da costa de Africa, como tambem fugir das tempestades do Cabo da Boa Esperança (cabo tormentoso) fazendo a viagem muito pelo largo.